sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Com a bandeira na mão

Com a bandeira na Mão.

















Não tinham caras pintadas no final dos anos 70, pois não se escondia.
Mas sim o engajamento enraizado, ódio ao terror em pura destilação
Nas escolas, bares as movimentadas reuniões naquela fase sombria
Traçando a próxima etapa de externar a insatisfação


Em Belo Horizonte nas escadarias da Igreja São Jose se reuniam.
A estudantina de bandeiras vermelhas, de gritos enfurecidos
Gritava liberdade fim do terror dos artefatos que explodiam.
O Regime agonizante ainda fazia suas vitimas de tão endurecidos.


Bombas estouravam direcionadas de norte a sul pelo Brasil
Os dragões da maldade matavam,mutilavam, os descontentes.
Bancas, instituições nada resistia ao terror do grupo tao servil.


Foi um tempo de maldade, contra os queriam apenas a claridade.
Calaram covardes na bomba que explodiu uma simples senhora.
Toda nação entendeu, que já não podia conviver com tal crueldade.






Homenagem ao aniversário da morte para nunca se repita:

Lida Monteiro da Silva (?, 1920 - Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1980) foi uma secretária brasileira, morta em atentado terrorista patrocinado pela Ditadura Militar, contra a sede da Ordem dos Advogados do Brasil

  “Foram como aqueles que na Roda Viva, espancaram os artistas pelas costa.”




Toninhobira.
Postado no Recanto das Letras em 25/02/2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

De quem é esta voz?

De quem é esta voz?


Bem longe ouço uma voz num chamado
Som espiralado ao topo da montanha
De cima dela junto de Deus Amado
Tocava em nuvens, estrelas na minha sanha

Ao meu lado olhava para o infinito
Meu fiel Argos exausto na procura
Correria sentidos apurados ar aflito
Ultimas forças da fiel criatura


Aos meus pés a imensidão da floresta
Mistura perfeita da ironia
Louca procura do meu coração em festa


Do grito fez se vida corpo em formosura
Do que era tédio solidão e agonia
Na prancheta divina a bela arquitetura


Eu não sou um corpo que tem uma alma, sou uma alma que tem uma parte visível chamada corpo. Anne Sexton

Toninhobira
26/08/2010

domingo, 22 de agosto de 2010

Quantas

Quantas


Quantas vezes viram teu rosto se abrir na manhã?
Com o brilho das estrelas encantadas com a Lua
E o sorriso do Sol pintado por mãos de crianças
Tu eras a felicidade.

Quantas lagrimas, tinhas a derramar?
Quando minha voz soava no teu bom dia
Carregado de lindas palavras de amor
Tu eras pura emoção.

Quantas manhãs estão a te enamorar?
Tantas noites para te encontrar?
Quantas, mas quantas vezes gritei teu nome?
Tu eras a mais linda saudade.

Quantas vezes inalei o teu perfume?
Assim saindo do mais perfumado banho envolvendo o ar.
Quantas vezes perdido na espera infinda?
Tu eras o sonho dos meus dias.


E assim de tantas e tantas maneiras busquei por te
Na esperança de viver o amor que tanto sonhei.
É por ele que canto nas poesias, que tu desprezas
Tu eras a mais desvairada paixão.

E tantas vezes eu por ti me apaixonei
Com felicidade, emoção da saudade em sonhos desta paixão.



Toninhobira
16/08/2010