terça-feira, 20 de março de 2012

No meio das reticências.












No meio das reticências.

Procuro- te nas reticências do espaço.
Suspiro exclamativo de uma euforia,
Sinto que a paz se aconchega no abraço.
Tripla fusão de pontos desta alegria.

Incertas todas as horas de tua ausência
Sombrio porão do coração angustiado
Neste teu sentir reticente sem cadencia
Sobra um vazio de coração abandonado.

No amor não cabe esta incerteza
Pois que ele vive pela intensidade
De todos quereres feitos de clareza.

Dosa-te o pensamento com sutileza
Orna-te em sentimento de eternidade
E viva este amor como uma tigresa.

Toninho.
19/03/2012.

"O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade".
                                                                                                                                        John Dryden