Uma brilhante idéia da Norma Emiliano do blog
Pensando em familia. Confiram outras participações no link abaixo.
Vivenciamos a onda da inclusão
social nos caminhos da informação,
que por certo nos levará a um processo continuo de reflexões sobre sua
importância nas comunicações e relações. Logo a família não escapa da onda desenfreada
com sua intensidade e velocidade astronômica, que por certo impacta nas relações
familiares. Num breve histórico volto ao final da década de 60, onde já se preocupava
com o cérebro eletrônico
com sua capacidade de gerar facilidades, onde tudo seria programado, preparado,
embalado para aplicar em nossas vidas. Lá se preocupava com a fria mudez deste.
Como ilustração podemos lembrar uma composição musical da época inspirada pelo
cantor compositor Gilberto Gil, de nome O cérebro eletrônico, onde ele afirma:
- ”O cérebro eletrônico faz
tudo, faz quase tudo, mas ele é mudo”.
O avanço tecnológico chega a uma velocidade fantástica
de inovações e readaptações, para agraciar os anseios da sociedade em geral
seja nos lares, escolas, e setores produtivos. Assim chegamos ao ano 2000 sob o
martírio do famoso “Bug
do Milênio” que reviveria “O dia que Terra parou” como
na ficção. O bug poderia causar descontrole em milhares de maquinas no mundo
inclusive no sincronismo de geração e transmissão de energia elétrica, bem como
causaria sérios transtornos nas informações da rede bancaria. Foi o primeiro
impacto temeroso da dependência crescente dos sistemas de informações, onde o
ser humano era mero coadjuvante.
E foi assim, que apaixonamos e envolvemos na
entrega aos delírios das facilidades em uso cada vez mais crescente na
interação. Para cada momento de nossas vidas percebe-se a presença impactante
da informação, que bem direcionam mudanças comportamentais sob os olhos vivos e
iluminados da cibernética, substituindo a voz o contato humano. Há uma invasão
nos lares e nas relações em todas suas extensões. Passamos a nos comunicar cada
vez mais a eletronicamente, plugados na maquina em detrimento do calor humano
relegado a segundo planos.
Hoje membros de uma família na própria
residência se comunicam eletronicamente com mensagens via aparelhos portáteis
de comunicação ou por seus computadores. Inclusive podemos notar estes
aparelhos usados como alertas de inúmeras tarefas do lar, seja para tomar um
remédio, despertar, alertar sobre uma panela no fogão ou mesmo alertas de datas
natalícias. É um show de comodidades, que cada dia mais seduzem e escravizam as
pessoas.
Em meio ao bombardeio de inovações
tecnológicas geradoras de facilidades a família perdeu sua blindagem e a célula
está em processo continuo de adaptação e ou degeneração de sua mais completa
definição e tradução. Minha família não está imune a esta sedução, fazendo
parte das redes onde há o reencontro de familiares e amigos perdidos no tempo e
distancia. Como em tudo há a banda podre facilmente percebida circulando pelas
redes, de pessoas com propósitos claros de infernizar vidas e causar desagregações
numa rede de intrigas. Logo se deve buscar o equilíbrio e preservar na família os
sentimentos da aproximação e do aconchego, com regras claras de utilização bem
como da permissão do acesso das inovações tecnologias e sob de perder o elo
como na maquina a presença da “Blue Screen” (tela azul), com sua ação
mortífera. Quem já a vivenciou sabe da angustia de ver todo trabalho perdido. E
na vida real na maioria das vezes não temos uma ferramenta eficaz, que nos
permita recuperar um estrago da relação. Assim a palavra moderação é bem vinda
nesta onda de evolução tecnológica.
Toninho.
10/05/2013
1-Bug do Milênio: Foi
um acontecimento que ocorreu no fim do século XX, e passou de um simples
problema relacionado à informática para a preocupação de todo o mundo. Bug é
uma expressão que significa falha, um erro de lógica na concepção de um
determinado software.
2-Tela Azul: Normalmente o aparecimento
da Tela Azul indica um erro grave no sistema que pode estar associado a
problemas no disco, vírus, memória, ou até mesmo defeitos no equipamento.
3- Cibernética: é uma tentativa de
compreender a comunicação e o controle de máquinas, seres vivos e grupos
sociais através de analogias com as máquinas eletrônicas.
4- Inclusão Social: Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso
a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não
apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos
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Um bom fim de semana a todos pleno de paz e luz.
Maravilha de participação e texto. Tudo bem elaborado, descrito e trazido! Gostei muito e ao final, precisamos mesmo é EQUILÍBRIO e MODERAÇÃO! abração,tudo de bom,lindo fds! chica
ResponderExcluirOlá Toninho!
ResponderExcluirTambém faço côro com a Chica: belíssima participação. é isso mesmo. A vida é maravilhosa com todas as suas mais avançadas tecnologias desde que saibamos andar com perfeito equilíbrio no trilho do meio.
Parabéns.
Um abraço meu mais novo amigo.
Astrid Annabelle
Toninho, um texto perfeito.
ResponderExcluirSou sua seguidora há muitos anos, só ando preguiçosa pra comentar...(se clicar na sua lista de seguidores em "mais" e as fotos irem passando, clicando em "próxima" umas 13 vezes, minha foto vai aparecer).
Gil é sempre Gil.
Acho que, por mais que a tecnologia nos ajude muito, também estraga muita coisa e é preciso moderação mesmo. Aliás, como em tudo na vida.
Para mim é um prazer estar aqui e já "linkei" você no meu blogroll.
Estarei sempre por aqui.
beijo!
Toninho,
ResponderExcluirQuanta clareza você pôs em seu belo texto. Somos mesmo, hoje, escravos de tudo isso, mesmo que tenhamos aversão a alguns equipamentos mais sofisticados, como eu no caso, com celulares de última geração ou televisões 3D,4D, sei lá!
O que sei é que já estamos inseridos e não há como voltar atrás, portanto, a lucidez tem que ser imperiosa para que não tenhamos problemas em nossas famílias.
Adorei o texto e as importantes colocações que fez, pois algumas eu nem conhecia.
um super abraço, carioca
Muito bem expresso seu pensamento mostrando os benefícios e malefícios da nossa era tecnológica.
ResponderExcluirTenho observado que, de maneira geral,todos citam a necessidade do equilíbrio, mas como fugir a sedução constantes dos eletrônicos? Como não ficar dependente dos padrões que vamos nos habituando mais e mais?
Hoje não não falamos tanto da emoção e da razão , mas sim das redes que enroscam e puxam para uma corrente virtual versus afetividades e diálogos presenciais.
bjs
Toninho,simplesmente excelente a sua participação!Fez um apanhado histórico do uso da tecnologia que eu não conhecia.Tb gostei de recordar o Gil.No final, a palavra para a tecnologia parece ser comum a todos:moderação.Bjs e bom final de semana!
ResponderExcluirToninho querido parabéns pelo texto tão bem elaborado. A tecnologia ajuda muito é claro, mais as vezes atrapalha. Um bj querido.
ResponderExcluir=> Gritos da alma
=> Meus contos
=> Só quadras
Olá, amigo Toninho
ResponderExcluirMuito bem colocado o seu post e com tanto a nos edificar...
Tenho visto coisa absurda dentro da tecnologia e fora dela também...
Recorto a questão da inclusão social... foi o que vivi com alunos e sei o quanto é difícil conciliar à nossa realidade com a dos menos favorecidos da sociedade... independente até da net e dos estragos que ela incute nas mentes não equilibradas...
Bjs fraternos de paz e bem
Toninho, acho que essa invasão tecnológica veio aos poucos nos beneficiando, mas atualmente vem nos engolindo.
ResponderExcluirNão devemos permitir, ou melhor dizendo, não devemos ficar reféns. Podemos usufruir da tecnologia em tudo, mas com moderação para não nos prejudicar. E quanto a família, essa precisa do face a face, do toque para ter brilho sempre.
Adorei seu texto.
Um grande abraço.
Xeros
O caminho do meio, aquele que compreende o discernimento que leva em consideração as necessidades e facilidades inegáveis, e os excessos que extrapolam o bom senso. Esse equilíbrio é construído por regras claras, monitoramento, bloqueios, e bastante, muito diálogo!!
ResponderExcluirÉ inegável a alteração na comunicação, aqui tão bem expostas as considerações de seus fatores positivos e negativos. Muito bacana a construção de tua argumentação Toninho, abrangendo o ápice da coisa escravagista do hábito/vício desmedido.
Um abração pra vc!
Mineirinho
ResponderExcluirUma abordagem coerente, que mostra uma realidade da qual não conseguimos mais fugir. Há prós e contras no avanço da tecnologia. Tenho que, em termos familiares, os contras estão pesando na balança, impedindo o necessário equilíbrio. Bjs.
Oi, Toninho!!
ResponderExcluirMuito bem lembrada a música "Cérebro Eletrônico". Já não me recordava da letra e fiquei cá pensando em como as pessoas se equivocavam com que seriam os computadores e as "lendas" que criavam.
Os pais como responsáveis, devem ajudar seus filhos a escolherem por quais caminhos eles devem navegar na web para não calar seus cérebros.
Isso posto, não acho correto em uma casa que tem computador, esse ser destinado aos filhos, sem que os pais saibam como manuseá-lo. Este é o princípio da boa relação com as máquinas dentro da família.
Conheço pais que não sabem ligar um computador e criam as tais "lendas". Por outro lado, crianças e adolescentes sem limites em casa, também serão sem limites na web.
Uma família conectada compreende mais uns aos outros, mas é sabido que faz falta ao corpo um pouco de movimento. Movimentos do corpo e dos sentidos, tanto individualmente quanto em interação familiar para fortalecer os laços de afeto.
Um ser que pensa, nunca ficará mudo. Pois a linguagem do cérebro é escrita pelos pensamentos. Pois não é que estamos diante de uma máquina, pensando sobre tudo isso?
Beijus,
Olá Toninho! Finalmente os comentários abriram para mim.
ResponderExcluirSobre os "cérebros eletrônicos" existem diversos filmes, séries, livros e revistas, e artigos que são famosos por exibir a teoria do revolta, e dominação dos mesmos: Eu, Robô! Dominio Absoluto são os exemplos que me lembro agora.
Quanto a "inclusão social" - a economia de mercado e direito à propriedade, emprego e renda é muito melhor do que qualquer iniciativa do governo em, querer distribuir bolsa tecnologia.
No final, na prática, o tal bug do milênio se tornou mesmo um grande mito.
Eu também participei da blogagem coletiva. Seu texto foi o último a ser comentado.