sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quando cai a noite.


Oscilam os olhos sobre a noite,
Roga ao Pai as suas bênçãos,
Livrar-se da insônia de açoite,
Que atormenta nesta solidão.

Acumulam-se estrelas na janela,
Como companheiras iluminadas,
São brilhos dentro dos olhos dela,
No silencio desta madrugada.

Quando surge a Lua seresteira,
Naquele lindo vestido em prata,
Seus olhos viram uma cachoeira,
Torrente de lágrimas em cascata.

Um rosário sobre o criado mudo,
Que sempre desliza entre dedos,
Sua única força seu único escudo,
Para afugentar todos seus medos.

Naquela janela vejo esta imagem,
De uma mulher com a alma nua,
A esperança que virou miragem,
Arraigada que jamais se recua.

Toninho.
21/11/2013
Inspirado numa mãe que espera pela filha que desapareceu num sábado de carnaval nos anos 70 e nunca mais se teve noticias. Mas ela espera.
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A todos vocês um lindo fim de semana com as alegrias fazendo festas em cada coração.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Voo da morte.




Perigo no ar.
Alvoroço no quintal_
Carcará voa.
 










Espinho fatal.
Animal em defesa_
Ouriço se arma. 
 








Predador foge.
Mau cheiro na floresta_
Gambá em defesa.
 






Vale lembrar:
Na natureza haverá o equilíbrio desde que o homem saiba respeitar a relação entre eles e o seu habitat.
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Não deixem de passar pelo blog pensandoemfamilia que promove poesia todas as quintas feiras. Confiram há sempre um amigo por lá.
 







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Creditos: 
As fotos do gambá e do Ouriço caixeiro são do jornal Estado de Minas. O carcará do Google. 
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Saber: 
1-O gambá exala quando em perigo um mau cheiro que espanta seus predadores devido uma glândula próxima da cauda.
2-O Ouriço caixeiro quando em perigo se transforma numa especie de tatu bola e os espinhos saem do seu corpo.
3- O carcará é uma ave de rapina eximia em caças com suas garras e bico.
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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Casa pequenina.









Felicidade é uma casa pequenina,
Onde reina amor sem maldade,
Lá que refugio de minha rotina,
A casa onde mora a felicidade.

Quando tem noite de lua cheia,
Ela fica mais linda sob o clarão,
Nos olhos facho de luz incendeia
A alegria que mora no coração.

Pirilampo com luz esverdeada,
Mariposa suicida em lamparina,
No olhar da coruja em caçada,
Piado fúnebre maldita inquilina.

Pela manhã a cantoria anuncia,
Vem de todas arvores do pomar
São pássaros em festa e sintonia,
Que fazem a alegria deste lugar.

Para quem pensa nela habitar,
Saiba que existe uma condição,
Amar a natureza deste lugar,
Com pureza de alma e coração.

Às vezes ela se cobre de uma neblina,
Na manhã que não vejo o caminho,
Incrustada no canto de uma campina,
Guarda minhas saudades de menino.  

Toninho.
16/11/2013

Inspirado numa fotografia de uma casinha
lá pela região onde nasci, postada na pagina de uma amiga e conterrânea no Facebook. 

Uma bela semana a todos.