terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Em aço e cimento.






 
O mundo gira e muito rápido,
parece que se perdeu do eixo,
e fora do centro sinto parado,
apatia diante todo o desleixo.

Onde havia arvores agora aço,
crescem as colunas de cimento,
do antigo jardim mísero espaço,
nos meus olhos apenas lamento.

Dói em mim saber da agressão,
e saber triturada a natureza
em nome da perversa evolução
com seu tom cinza e vil crueza.

Mas um poeta ainda me alerta,
destas semimortas esperanças,
daquelas raízes ali encobertas,
rasgarão o chão na vingança.

Aqui neste jardim que agoniza,
folhas secas que cobrem o chão,
levada ao subsolo pela formiga.
De certo virá delas a adubação.


Toninho.
01/01/2015
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