quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Acaso num ocaso.



Quis viver um grande amor,
iludiu, esqueceu-se de viver.
nas noites era o puro terror,
a incompletude triste do ser.

Se acaso o amor vier visitar,
pensava e imaginava a hora,
como o guri aprendiz escolar,
ansioso na hora de ir embora.

E se nada acontece ao plebeu,
no insucesso vem lhe oferecer,
a descrença como vive o ateu
alheio à vida pensa só morrer.

Aos ouvidos chega uma voz:
Um amor não vem do acaso,
nasce, enraíza. Criam-se nós,
faz-se lindo como este ocaso.

Toninho.
03/10/2016

Da série apenas uma inspiração.

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domingo, 9 de outubro de 2016

Rancho da solidão.



Fica ali no alto perto do moinho,
com duas janelas para o jardim.
Um encanto à beira do caminho,
com perfume que vem do jasmim.

Quando a noite cai neste recanto,
Ouço o canto que vem do tambor,
dos quilombolas com o seu canto,
com canções que traduzem a dor.

O azeite alimenta a lamparina,
nesta noite sem amor sem luar,
somente uma mariposa declina,
na fumaça negra veio suicidar.

E assim neste rancho adormece,
este descrente saudoso trovador,
que canta seu amor como prece,
no desejo de encontrar um amor.

Toninho
06/10/2016


Inspirado na imagem que a Dorli usou aqui: chalezinho-de-amor 
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Uma boa semana
de paz e alegria.
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Um especial Viva para a minha cidade em aniversário de 168 anos hoje.
Itabira-MG