Longa espera.
Debaixo de uma árvore frondosa,
Longa é a espera nesta sinestesia.
As horas que se arrastam morosas,
No gosto amargo da manhã vazia.
Na copa um canário pia e canta,
Um canto melodioso com ternura,
Faz desta espera uma hora santa,
Que alivia minha alma na longura.
Vêm alguns raios solares teimosos,
Desvirginando a manhã
invernal,
Criam fachos dourado
harmoniosos,
Nesta manhã do encontro
especial.
No silencio do canário
ouço silente,
O tic-tac de toda minha
ansiedade,
Como quem suspira
ansiosamente,
No sufoco que vem de
uma saudade.
Assim embevecido nesta
eufonia,
Os olhos vagueiam na vã
procura.
Longe uma silhueta sai
da inércia,
Para concretizar minha
ventura.
Toninho
06/07/2013