Aconteceu num verão. Foi
numa praia esquecida do continente, onde o mar se vestia de azul tocando o céu
na mesma tonalidade, os coqueiros balançavam suas folhas na dança do vento,
quando aquela figura veio deslizando sobre a areia, cheia de graça e encantos,
que por instante o vento, as aguas pararam para reverencia-la. Não me sai do
pensamento aquela mulher vinda do reino de Tupã, com suas tranças negras caídas
sobre os ombros deixando à mostra a beleza de seus seios. Para um pescador seria
a Sereia protetora em noites traiçoeira do mar.
Em volta nada além das
aguas, os coqueiros e um farol como testemunha. Eu ali estático admirado sem
encontrar palavras, que descrevessem a beleza daquele lugar paradisíaco, quando
ela se aproximou e tocou minhas mãos. O meu corpo gelou por instante na contra
mão da emoção. Então ela pousou dois dedos sobre meus lábios e assim nos
deixamos levar num longo beijo. Juntos naquele lugar de magia, os deuses em
festa, uma chuva fina de verão caiu sobre nossos corpos, como um ritual de
batismo para consolidar uma união ao mar.
Quando a emoção estava
no frenesi de uma dança sob a chuva, uma onda de agua fria tocou meus pés e me
tirou do sonho lindo e profundo deitado nas areias brancas daquele lugar, que
hoje ao ver a imagem daquele casal pela praia, um filme invadiu meus olhos e
pensamentos, para reviver uma linda historia de amor, que com o tempo acabou.
Mas que deixou a certeza, que o mais importante é à emoção que sobrevive.
Toninho.
04/10/2013
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Um desafio do blog pensando em familia, contar um historia inspirado na imagem acima.
Participem: