sábado, 8 de março de 2014

Devaneios




Acordei sem diretriz,
Com olhos coloridos,
Vislumbrei arco-íris.

Criei notas musicais,
Sussurrei nos ouvidos
Palavras lindas fatais.

Caminhei sobre flores
Com passos medidos,
Esqueci minhas dores.

Toninho
20/02/2014 
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Um bom fim de semana a todos voces. 

Meu carinho e respeito à todas mulheres e todos os homens, que sabem respeitar e valorizar a mulher como pessoa.
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Este é um Medianeiro: estrutura criada pela poetisa Giovânia Correia (Recanto das Letras),
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Ganhei da Chica com todo carinho que emana desta linda pessoa:
Referente meu niver em 07/03- Grato sempre Chica.
 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Gente que rala


Um país sob o fantasma da inflação galopante impactou sobre a população, cria-se o exercito de desempregados em todas as regiões. Explode no país uma corrida ao Paraguai, cresce o mercado informal de ambulantes, a luta pela sobrevivência à luz do contrabando. Perigosa luz no túnel falso resgate da moral. Arriscam suas economias e indenizações, no sonho feito de bugigangas eletrônicas. 

As autoridades em nome da lei e interesses dos comerciantes legais entram em cena aos olhos da sociedade discriminadora e inerte. Seguranças truculentos expulsam e batem com uso da força bruta, são os grupos dos “rapas”. Perda da batalha diária destes pobres com suas mercadorias misturadas entre lagrimas e sangue pelas ruas. Resolutos se organizam, criam raízes encravadas nas praças, ruas e garagens. Sobrevivem humorados com um sorriso feliz a esconder o medo, as dificuldades. São vendedores de sonhos de consumo ao alcance de todos.

Agora vejo este moço de sorriso alegre a soltar bolinhas de baba de quiabo nas ruas da cidade. Viajo pelas lembranças do tempo de feliz idade. Eu menino nas ruas de pedras a fazer bolinhas de sabão mesmo, uma latinha de massa tomate com agua e restos de sabão, usando talo da folha do pé de mamão para sopra-las, em disputa com os meninos da rua, para ver quem fazia a maior bola, que se coloria lindamente sob os efeitos dos raios solares. A gente era criativa, feliz na simplicidade de criar os próprios brinquedos e inventar sonhos. 

Volto os olhos para este homem na cadeira de rodas a vender seu produto que solta bolinhas, um brinquedo de plástico. Fico a pensar se sua alegria dura como o plástico na natureza, quando ele cansado retorna ao seu pobre lar, onde a prole o espera com olhos ansiosos pelo pão da ceia noturna. Pens0 sobre a vida destes pobres ambulantes espalhados pelas grandes cidades, e penso na Copa 2014 e na grana a desfilar pelos tapetes vermelhos dos palácios. E decido comprar.

Meu senhor quanto custa sua felicidade?
Oh, desculpe quanto custa o brinquedo?

Toninho.
27/01/2014

Nota: 
Foto sugerida para que cada interessado expressasse sua visão com textos livres. Pagina de uma amiga da cidade de Itabira MG(Terra natal), decidi por uma cronica. Amiga que fotografou é a Teresinha Souza em sua pagina no Facebook.

Uma boa semana a todos em meio às festas.