sexta-feira, 16 de maio de 2014

O mar de Minas






No alto há uma pedra, dela vê o mar,
mar de montanhas perto das nuvens.
Os olhos se perdem neste magico lugar.
imagens encantadoras de suas origens.

Ver de novo, ver-te ainda tão Minas.
Tuas serras se estendem na distancia.
As pedras te vigiam atrás da cortina,
nesta neblina te avista tão sombria.

A natureza desfila um lindo manto,
sobre a pedra pousa uma Esperança,
tão verde sobre o cinza é um encanto,
uma beleza de aquarela nesta aliança.

Revive a canção que fala de um trem,
que circula por vales, montes e serras,
saudosismo de querer, rever alguém,
como aquele de quem volta da guerra.

Com saudade ensaia o beijo na imagem,
mas o trem de ferro apita numa curva,
vê a fumaça, que sobe para as nuvens,
despede com tua vista agora turva.

Fecha a pagina da revista com pesar,
na contracapa pinga uma saudade,
a verdade que jamais poderás evitar,
mortes destas árvores pela maldade. 

Toninho.
16/04/2014.
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Um lindo fim de semana a todos com meu terno abraço de paz e luz.
 
 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A vergonha dia a dia.



Coloque-se numa janela, numa praça ou mesmo frente a uma televisão, com ouvidos e olhos atentos que permitam observar as facetas do ser humano com comportamentos vergonhosos e repugnantes. É a vergonha dia a dia, que faz repensar sobre este ser humano, que tanto faz e desfaz com seu comportamento ferindo os bons modos e maneiras. Diante de tudo isto, que confesso uma frustração com a reeducação dos seres.

Ver um homem tranquilamente satisfazer suas necessidades fisiológicas em locais públicos, causa-me asco, raiva e uma vergonha de saber que se trata de um ser humano. Um jovem que sai de casa pela madrugada para pichação de paredes, muros, monumentos. São seres que se enquadram nas vergonhas do dia a dia, amparados pela impunidade.

Vem-me a lembrança de um tempo distante, quando via meu avô sentado num banco de duas tábuas, coisa comum na frente de todas as casas daquela época nas Minas Gerais. Ali sentado sempre contava causos e aproveitava para soltar seus conselhos de bons comportamentos e respeito, que as crianças deviam, para se tornarem homens respeitados. Agora aqui fico a imaginar meu avô vendo cenas como estas, que se tornam comuns no dia a dia, por certo sofreria um ataque cardíaco, ou pegaria seu cinto para um corretivo no mal educado. 

Aí eu fico a imaginar certas cenas, diante dos olhos estupefatos dos gringos, que estarão por aqui, para acompanharem a Copa do Mundo. Que imagens lindas levarão desta terra que muitas vezes consideram plantadora de bananas. Haja vista as cenas de discriminação deles para com os nãos brancos de nossa nação, ainda que resida naquele país, como vimos recentemente na Espanha. Fico a pensar até onde nosso povo dá demonstração de ser civilizado?

Então enrolo minha vergonha do dia a dia, coloco no meu embornal de coisas ruins. Fecho a minha janela sobre o homem que tranquilamente urina nas paredes de uma escola a frente da minha casa. Cai o pano sobre meu rosto envergonhado.
Toda regra tem exceção, mas para bom comportamento não.

Toninho.
27/04/2014.
imagens do Google.
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Uma linda semana para todos nós.