A Norma Emiliano em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres propôs uma blogagem coletiva para expressar sobre esta violencia contra as mulheres de todo o mundo, principalmente aqui.
Confira as participações aqui:
pensandoemfamilia.com.br/
Minha participação.
As dores da mulher
A cada dia
uma mulher chora sob a violência masculina, com maldades e requinte de perversidade.
Chora e se cala numa estranha omissão de seus direitos, muitas vezes em nome de
uma união, que só existe na sua cabeça de preservação da prole. Há um sistema,
que fecha os olhos para a situação critica das mulheres, que vivem sob o
domínio do medo, acumulando cicatrizes e vergonhas das manchas, que proliferam
pelo corpo massacrado no dia a dia.
Ninguém
parece ver suas lágrimas de sangue, seu olhar cada dia mais distante, sem brilho perdido
na esperança vã de uma trégua, que possa lhe restituir o prazer de viver, de
cantar de alegria, além das canções melancólicas no banheiro quando toca e
retoca cada mancha, cada ferida dos momentos da violência sofrida.
Ah, como
sofre esta mulher sequestrada da liberdade de sonhar, punida por seu par,
escravizada na vil obediência da falsa vida conjugal, que lhe suga
sistematicamente as forças, num processo de fragilização da moral e autoestima.
Esta se lança no lodo da relação, não vê saída, nem mesmo uma tênue luz no fim
de um túnel e permanece na escuridão, que lhe é imposta a conviver com o
fantasma domestico que habita sua vida de horrores.
A estas
pobres mulheres apenas restam a busca às orações pedindo forças para suportar
cada dia, como se a esperar uma nova manhã de uma mudança, que lhe restituirá a
alegria, o perfume do prazer. Senhor olhe para elas, pois que a Penha não lhes
protege, a Penha apenas as denunciam aos seus algozes, que ferozes e
embrutecidos da humilhação lhes aplicam o golpe final como se fosse uma
estranha redenção da vida martirizada, que lhe negara os direitos de
sobrevivência em paz.
Os números
são assustadores e crescentes das mulheres, que tombam assassinadas pela
inoperância das autoridades na aplicação das leis e supervisão desta na
garantia de vida e liberdade da mulher, que a ela se refugia para resgatar seu
mínimo direito, o da vida.
Salve as
mulheres que vão à luta e não se entregam no silencio das torturas de seus
algozes.
Toninho.
07/03/2015
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