terça-feira, 5 de setembro de 2017

Sob um Céu de brigadeiro.



A Chica em sua BC_botando a cabeça para funcionar de hoje enviou esta imagem para livremente escrever sobre ela. Conheça e participe, eu viajei pelas coisas do sertão que meus olhos viram e gravaram e ofereço mais estra prosa. Visite e veja outras leituras chicabrincadepoesia




















Quando o Céu se veste em brigadeiro,
parece que para o tempo lá no sertão,
nem os répteis se arriscam no terreiro,
pois o sol parece, derreter aquele chão.

Debaixo da ultima arvore ele se deita,
na sua rede feita pela velha fiandeira,
mas fica sempre atento numa espreita
de ver uma nuvem negra na capoeira.

Sinal de chuva é festa para o sertanejo,
castigado pela seca vive de alucinação,
ali na rede na cabeça vive um só desejo,
da chuva que inunde o açude da região.

Assim que adormece, vive de um sonho,
um chuveiro que jorra agua milagrosa,
quando cai uma gota que o faz risonho,
livre dos pensamentos da vida dolorosa.

Da porta a mulher com carinho o espia,
e sabe que pode ser um delírio sonhador,
deste bravo sertanejo perante a carestia,
sob um céu de brigadeiro esquece a dor.

Toninho

05/09/2017

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05 de Setembro
Hoje Dia da Amazônia



domingo, 3 de setembro de 2017

Vi num cais.



Vê os barcos bem alinhados no cais,
vêm desejos de partida. Há emoção,
encontro furtivo na margem oposta
desesperança desencontros do amor.

Os movimentos das marés embalam,
barcos inertes alinhados ancorados,
na ilha da fantasia ânsia, corrosiva,
vem numa espera saudosa oxidada.

Há o olhar translúcido na distancia
a vasculhar pela silhueta feminina,
desde o sol nascente ate o por do Sol,
na espera inútil da mulher no barco.

Quando a noite enfim cobre a terra,
no peito solitário entoa uma canção,
vem lhe a imagem da bela Janaina,
sob luz do farol um barco aproxima.


Toninho
05/08/2017

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Setembro feliz
para todos.